quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ciclo discute “Ser Negro no Brasil”

A Fundação Cultural Badesc apresenta uma programação de filmes que abordam a história, a cultura e os desafios que o povo de origem afro-brasileira encontra em nosso país. Um introdutório – mas representativo – recorte da produção documental brasileira, em filmes de diferentes estéticas, abordagens e vertentes de pensamento, mas cujo tema comum principal é a “questão racial” no Brasil.
Serão seis títulos exibidos durante os quatro dias de apresentação com debate entre os presentes logo após as sessões. O projeto faz parte do ciclo de cinema Doc Brasil, com curadoria do cineasta José Rafael Mamigoniam.
As exibições ocorrem nos dias 6, 7, 13 e 14 de maio, às 19h, no auditório da Fundação Cultural Badesc, no Centro de Florianópolis. Mais Informações pelo telefone (48) 3224-8846
Agradecimentos: Eduardo Coutinho, Arthur Autran, Júnia Torres, Carlos Nader e José Geraldo Couto.

Programação:

Dia 06/05

Minoria Absoluta
De Arthur Autran, 1995, 13min
Intelectuais negros discorrem sobre temas como a posição do negro na Universidade, a relação entre cultura negra e cultura acadêmica, as dificuldades na divulgação da produção intelectual do negro e outros. Depoimentos de Dulce Pereira, Clóvis Moura, Fernando Conceição, Emanoel Araújo e Milton Santos.


A Negação do Brasil
De Joel Zito Araújo, 2000, 91min
Tabus, preconceitos e estereótipos raciais são discutidos a partir da história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história da telenovela brasileira. Baseado em suas memórias e em pesquisas, o diretor analisa as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros.



Dia 07/05

O Fio da Memória

De Eduardo Coutinho, 1991, 115min
O filme procura condensar, em personagens e situações do presente, a experiência negra no Brasil a partir de dois eixos: as criações do imaginário, sobretudo na religião e na música, e a realidade do racismo, responsável pela perda de identidade étnica e pela marginalização de boa parte dos brasileiros de origem africana.


Dia 13/05

Carolina

De Jeferson De, 2003, 15min
Final dos anos 50. Carolina de Jesus escreve seu diário. Dentro de seu barraco ela denuncia a fome, o preconceito e a miséria. Publicada, torna-se um sucesso editorial, sendo editada em 13 idiomas. Passadas algumas décadas, as palavras de Carolina continuam a ser uma denúncia contra a miséria em que se encontram milhões de pessoas.

Aqui Favela – O Rap Representa
De Júnia Torres e Rodrigo Siqueira, 2003, 82min
Uma viagem pelos caminhos por onde se constrói o movimento hip-hop em São Paulo e Belo Horizonte. O filme apresenta jovens desconhecidos que integram o movimento e algumas de suas principais expressões como Thaíde e Mano Brown, além de África Bannbaataa, Nelson Triunfo, Lady Rap, Shyrlane e outros.


Dia 14/05

Preto e Branco
De Carlos Nader, 2004, 73min
Documentário sobre relações raciais entre cidadãos comuns da cidade de São Paulo. Se, por um lado, o modelo racial brasileiro tem sido historicamente considerado uma solução original para eterna intolerância étnica no planeta, por outro, é também considerado uma farsa que visa esconder o abismo social entre brancos e não-brancos.

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